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Poesia Religiosa

Pai nosso do Agricultor

em 6 de fevereiro de 201824 de abril de 2018
PAI NOSSO DO AGRICULTOR café

Pai Nosso que estais no céu,
Que estais na terra,
Que estais em todo o lugar,
Que estais no campo,
Que estais na roça,
Assistindo-me a plantar,
Assistindo-me a ceifar…

 

Santificado seja o vosso nome,
Santificado também seja,
A vinha que eu cultivo,
O trigo que eu planto,
Porque do pão teu Filho fez
Na ceia seu corpo santo
E, do vinho abençoado,
Ele fez seu sangue vivo…

 

Santificado também seja,
O grão que minha mão semeia
No úmido chão de argila, de areia,
O qual, germinando da terra no seio,
Se faz comida em cada ceia,
Matando a fome do meu irmão…

 

Santificado seja o algodão
Que, antes de ser tecido,
Ao passar de mão em mão,
Muita gente tem vestido!
E que o casulo branco
Também seja santificado,
Porque ele foi encarregado
De um dia tecer a seda
Que vestiu a Salomão …

 

Santificado seja quem luta,
Plantando o cânhamo, a juta,
Plantando o rami e o linho
Que teve a glória única
De tecer um dia a túnica
De Cristo, o mestre divino…

 

Venha a nós o vosso reino,
Porque somos caminheiros,
Retirantes passageiros,
Como um povo no deserto,
Que tira da terra roxa,
Do arenito caiuá
E do solo massapê
O sustento do maná…

 

E, quando a chuva regar
A nossa seara em flor,
Quando o sol forte requeimar
As espigas com seu calor
E até quando a geada branca
Cobrir a terra com seu véu,
Seja feita a vossa vontade
Assim na terra como no céu…

 

O pão nosso de cada dia
Nos dai hoje e nos dai sempre,
Não deixando que a praga maldita
Leve o fruto de nossa lida;
Não deixando que o banqueiro
Sovina, cruel, avarento
Nos tire o pão do sustento,
Nos roube a terra bendita
Que mantém acesa a vida…

 

E perdoai nossas ofensas,
Como nós também perdoamos
O atravessador sem consciência
Que frauda a renda do produto,
Que altera seu peso líquido,
Que rouba no peso bruto…

 

E não nos deixeis cair
Na tentação de querer mais,
Mais do que merecemos;
E não nos deixeis também
Cobiçar o que é do irmão;
E talvez por causa disso –
Quem sabe – nos condenemos…

 

E livrai-nos de todo o mal
Que a ganância do dinheiro
Em nossa alma provoca
Que até nossa consciência
Amesquinha e sufoca,
Fazendo de nós escravos,
Reféns da própria matéria,
Caminhando sem Deus,
A esmo perdidos,
Quando só vós sois a saída,
Só vós sois o caminho,
Só vós sois a verdade,
Só vós sois a vida. Amém.

 

Autor: Elizeu Petrelli de Vitor

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